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Foto do escritorConsorcio Cerrado das Águas

Sensores eletrônicos economizam água na irrigação em destaque no Planeta Campo

Atualizado: 12 de dez.

Projeto de uso sensores eletrônicos em Patrocínio-MG economiza 30% de água, reduz custos e promove sustentabilidade na irrigação agrícola



Presidente do Consórcio Cerrado das Águas, Marcelo Urtado, fala, em entrevista, sobre o resultado do projeto-piloto em parceria com a xFarm de instalação de sensores eletrônicos para tornar propriedades irrigantes mais eficientes no uso da água. Assista. Fonte: Canal Rural



Transcrição


Luís Henrique Bassoi | Pesquisador Emprapa Instrumentação


A agricultura de precisão, quando aplicada ao sistema de produção de uvas para fabricação de vinho ou para vinificação, ela pode ser chamada de vitivinicultura de precisão.


Então, basicamente, é avaliar esse vinhedo e verificar como é que o solo está variando no espaço, como é que as plantas estão se desenvolvendo e como é que é a sua variação e qual é a influência dessa variação nas características das uvas e dos vinhos que delas serão originados.



Michelle Jardim | Planeta Campo


A prática da agricultura de precisão nos vinhedos coloca em uso duas tecnologias.


A primeira é o medidor de condutividade elétrica aparente do solo, que conduz uma corrente elétrica e, com isso, é possível obter informações sobre as propriedades do solo.



Anderson de Jesus Pereira | Pós-graduando Unesp Botucatu


Então, nós vamos fazer uma fusão dessas informações para poder gerar zonas de manejo, sendo que dentro de uma pequena área, no caso aqui dos vinhedos, cerca de um hectare cada um desses vinhedos, nós conseguimos identificar zonas análogas e, com isso, proporcionar um manejo diferenciado, bem como a colheita seletiva, fazendo com que essas vagas sejam colhidas de forma diferenciada, sendo destinadas à vinificação também.


E, com isso, nós conseguimos obter um produto de maior valor agregado economicamente.



Michelle Jardim | Planeta Campo


E a segunda é o medidor de índice vegetativo. As informações são obtidas sem ter contato direto do sensor com o objeto.



Anderson de Jesus Pereira | Pós-graduando Unesp Botucatu


Então, nós posicionamos o medidor de índice vegetativo a uma distância de aproximadamente 30 cm acima do dossel e ele vai obter informações em três comprimentos de onda, baseados na reflectância. Ele é um sensor ativo, então nós não dependemos da radiação solar para obter essas informações.


E, com base nesses três comprimentos de ondas, nós conseguimos gerar uma gama de índices vegetativos que vai refletir para a gente informações baseadas, por exemplo, como o vigor vegetativo, que vai estar relacionado ao conteúdo de clorofila e vai proporcionar também a gente poder gerar um manejo diferenciado dentro dessa área.



Michelle Jardim | Planeta Campo


No caso das vinícolas paulistas, uma em Tobí e outra em Ribeirão Preto, além da agricultura de precisão, foi usado também um manejo chamado dupla poda. Você sabe o que isso significa?


A dupla poda nada mais é do que a inversão do ciclo da videira por meio da realização de duas podas por ano.



Ricardo Baldo | Diretor da Vinícola Terras Altas


Quando a gente faz a dupla poda, a gente traz essa janela de produção para o inverno do sudeste. Então, ao invés de produzir entre dezembro e março, nós vamos trazer essa produção para entre junho e agosto. Ela vai trabalhar em cima dessa janela.


E por que essa janela para a região sudeste? Porque essa é a melhor época que a gente tem o clima mais adequado para maturação de uvas. Nessa época a gente tem menos chuva, nós temos solo seco, porque não chove, à noite a temperatura cai, os dias são sempre ensolarados, então a gente pensa em radiação solar abundante, diferencial térmico de temperatura entre o dia e a noite e um momento em que a uva tem um estresse moderado, onde ela pode acumular antocianas, resveratrol, que são todos antioxidantes muito importantes para um vinho de qualidade.



Michelle Jardim | Planeta Campo


A nova técnica está modificando a produção de vinhos no sudeste, mas também traz desafios.



Ricardo Baldo | Diretor da Vinícola Terras Altas


O nosso maior desafio ainda é custo.


Enquanto, por exemplo, no manejo tradicional você faz um ciclo só na videira, aqui a gente tem que fazer dois, são duas podas, então a gente tem quase que um custo dobrado de produção, mas a qualidade que é impressa no seu produto final, que é o vinho, vale a pena esse aumento de custo de produção, sem sombra de dúvidas.


O grande desafio para nós é sempre adaptar a espécie da uva que você vai estar trabalhando, a variedade, no caso aqui a gente tem Syrah, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, e a gente ajustar essas janelas em função da região que você está.



Michelle Jardim | Planeta Campo


No Brasil, segundo a Associação Nacional de Produtores de Vinhos de Inverno, a Amprovin, o cultivo da videira para a colheita de uvas no inverno ocorre em 267 hectares, o que possibilita a obtenção de 400 mil litros de vinho por ano e de 500 mil garrafas produzidas por 35 associados presentes em 5 estados brasileiros, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo.


No caso paulista, 13 vinícolas adotam a técnica de dupla poda, produzindo vinhos de inverno em uma área de 60 hectares. Uma coisa é certa, a agricultura de precisão e novas técnicas de manejo, como a dupla poda, trazem vantagens competitivas para os vinhos do Sudeste e para o mercado da bebida no país.



Luisa Tannure | Enóloga Vinícola Terras Altas


A agricultura de precisão, ela influencia na qualidade do vinho, porque influencia na qualidade da uva.


Então, quando a gente aplica a agricultura de precisão, a gente faz medições para ver o que o vinhedo precisa e em que época. E fornecendo para o vinhedo os nutrientes ou irrigação necessária na época certa, a gente tem uma uva com maior qualidade. E também a gente consegue diferenciar pontos em que as uvas maturam de forma diferente.


Dessa maneira, a gente pode fornecer para o vinhedo o que ele precisa ou separar as colheitas em pontos diferenciados para vinificar de maneiras diferentes ou colher em épocas diferentes, fazendo vinhos diferenciados.


Então, como o manejo do campo é diferente, a gente pode fazer vinhos com maior acidez ou mais encorpados, que depois vão ser cortados para chegar no vinho com um ponto ótimo.



Yahell Bonfim | Planeta Campo


Bacana essa técnica de agricultura de precisão, né?


E agora a gente fala um pouquinho mais sobre soja, a cultura mais produzida pelo agro brasileiro e que hoje é cultivada em todas as regiões do país. A cadeia produtiva evoluiu, pesquisas e tecnologias transformaram os sistemas de produção e hoje o trabalho no campo é fundamentado na sustentabilidade, equilibrando o fator econômico com o meio ambiente.


E a gente vai entender um pouquinho agora quais que são os critérios socioambientais observados pelo setor com Pedro Moret Garcia, que é especialista de sustentabilidade da Abiove.


Seja muito bem-vindo, Pedro. É um prazer falar com você.



Pedro Moré Garcia | Especialista de Sustentabilidade da Abiov


É isso, prazer em vir. Obrigado por você ter me encendido aqui.



Yahell Bonfim | Planeta Campo


Obrigada mais uma vez. Pedro, e vamos começar falando um pouquinho sobre uma de todas essas práticas, que é a moratória da soja. Como é que esse pacto da moratória, ele contribui com o Brasil no combate ao desmatamento e como que é feito o monitoramento dos sete estados brasileiros que fazem parte da Amazônia e que estão dentro desse pacto?



Pedro Moré Garcia | Especialista de Sustentabilidade da Abiov


Claro, a moratória da soja é um pacto comercial onde as associadas da Abiov e da ANEC, que é a associação das plantas portadoras cereais, se comprometeram lá em 2006 a não adquirir soja proveniente de áreas desmatadas no bioma Amazônia depois de julho de 2008, que é a data do marco regulador do Código Florestal.


Então, a moratória contribui para a diminuição do desmatamento vinculado à soja, ficou nesse sentido, porque o produtor rural pode plantar, se ele tiver a oportunidade de plantar, mas como as empresas não vão poder comercializar esse produto, isso acaba tendo uma redução na quantidade de soja que é produzida em áreas desmatadas depois de 22 de julho de 2008.


É isso que o pacto da moratória preconiza e as associadas da Abiov e da ANEC com esse pacto desde então. E o monitoramento, conforme você perguntou, o monitoramento é feito com base nos dados oficiais de desmatamento, de abertura de vegetação nativa monitorados pelo INC, pelo programa PRODES.


Então, o PRODES faz um monitoramento anual de áreas que são abertas no bioma Amazônia e a moratória da soja se utiliza dessas informações para identificar aonde está plantada a soja nessas áreas, em PRODES mapeadas depois de 2008 e qual é o produtor rural e qual é a fazenda que, no caso, foi responsável por esse plantio em desacordo com o critério.


Então, com base nessas informações, as associadas têm a informação necessária para não adquirir a soja que vai em desacordo com o pacto.



Yahell Bonfim | Planeta Campo


Legal, Pedro. Agora, tem uma outra coisa interessante também, que é o protocolo de grãos, de protocolo verde dos grãos do Pará. Quais são os objetivos dessa outra ferramenta? Quais protocolos que o produtor tem que seguir para estar de acordo com ela? Quais são os critérios que são utilizados? E por que ele é importante mesmo tendo a moratória?



Pedro Moré Garcia | Especialista de Sustentabilidade da Abiov


Ambos os programas funcionam na Amazônia. O protocolo de grãos é específico para o estado do Pará, que fica nesse bioma, mas esse protocolo é feito junto com o Ministério Público Federal. O principal objetivo dele foi reforçar e melhorar a imagem do agronegócio do estado do Pará.


O protocolo nasceu em 2014 com o setor da soja e o objetivo dele é justamente esse, abrir mercado para a sojicultura paraense e garantir que a sojicultura daquele estado também cumpra com os critérios sócio ambientais. No caso, o protocolo de grãos é todo baseado na legislação.


Então, o produtor tem que estar com o CAR ativo regular, que já faz parte do Código Florestal, não pode ter desmatamento ilegal na fazenda dele e não pode ter nenhum tipo de problema com embargo, trabalho escravo ou sobreposição a comunidades de conservação de terras indígenas.


E ele é importante por conta disso, porque a moratória da soja, por mais que englobe todos os estados que fazem parte do bioma Amazônia, é desmatamento zero, é algo acima da legislação.


E o protocolo de grãos para o estado do Pará preconiza o fortalecimento da legislação nacional e garantia de mercado para essa soja produzida e que cumpre com a legislação do estado do Pará.



Yahell Bonfim | Planeta Campo


Bacana, Pedro. Uma outra iniciativa que vem sendo fomentada é um compromisso direcionado à proteção do bioma Cerrado, que é o controle de supressão autorizada no Cerrado. Queria que você explicasse um pouquinho para a gente quais são as características agora para esse bioma especificamente.



Pedro Moré Garcia | Especialista de Sustentabilidade da Abiov


Claro. No caso da Amazônia, a gente tem a moratória como comentado, mas é um bioma que tem hoje por volta de 7 milhões de hectares de soja. No bioma Cerrado, esse número sobe para aproximadamente 22 milhões, então é um universo muito maior.


E o setor da soja tem se preocupado já há muito tempo, vamos endereçar a questão de desmatamento desse bioma, que tem sofrido grande pressão nos últimos anos, principalmente ali a região do Mato Piba, que é a última fronteira agrícola mundial, que tem tido grande expansão de não só soja, mas de outros produtos também.


E no caso desse problema de CSA Cerrado, que a gente chama de controle de supressão autorizada no Cerrado, foi uma solução que Abiove, junto com as associadas e a ANEC também chegaram, encontraram para tentar resolver esse problema de forma a não criar um problema muito grande aqui no mercado, não prejudicar nem o produtor nem mesmo as operações de soja.


Então esse problema, diferente da moratória, vai controlar o desmatamento ilegal no Cerrado. Então vai ser mapeado, vai continuar sendo mapeado quais são as áreas de desmatamento, com base nas informações do PRODES, mas aqui a data de avaliação do desmatamento vai ser a partir de 1 de agosto, que é o PRODES... 1 de agosto de 2020, que é o dado do PRODES 2021.


Então o PRODES 2021 em diante, as associadas vão ter acesso a essas informações de desmatamento mapeadas pelo INPE e vai ser feito o cruzamento com o mapa de soja. A partir da safra 23-24, que é a safra que vai ser colhida no ano que vem.


E aí, quando for identificado uma área de soja em PRODES, depois de 2020, vai ser solicitada a autorização de subvenção de vegetação e se o produtor tiver, tudo ok, tudo certo, significa que a abertura foi feita em conformidade com a legislação. Se ele não tiver essa autorização, é desmatamento ilegal, a empresa não vai poder comprar.



Yahell Bonfim | Planeta Campo


Tá certo, Pedro, muito obrigada pelas informações, foi um prazer falar com você.



Pedro Moré Garcia | Especialista de Sustentabilidade da Abiov


Prazer foi meu, obrigado.



Yahell Bonfim | Planeta Campo


Obrigada, agora a gente faz então um rápido intervalo e voltamos daqui a pouco, hein, não saia daí.


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Chegou a sua hora! Estão abertas as inscrições para o segundo prêmio Planeta Campo.


A premiação que valoriza o que você faz de sustentável na sua produção com práticas que trazem benefícios para o meio ambiente, a sociedade e também para a economia.


O prêmio vai reconhecer produtores de pequeno, médio e grande porte, além de agroindústrias, durante o Fórum Planeta Campo, que reúne grandes líderes do agronegócio.


Os vencedores terão uma reportagem sobre a fazenda, exibida aqui, na tela do Canal Rural, e ainda uma bolsa de estudos para um MBA na ESALQ, a Escola Superior de Agricultura da USP. Inscreva-se pelo site planetacampo.com.br e seja reconhecido agora pelo que você faz para o agro do futuro.


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Estamos de volta e vamos começar esse bloco falando sobre um recurso essencial para a humanidade, a água. Por este motivo, iniciativas que promovem o uso mais eficiente e inteligente dos recursos hídricos são sempre muito bem-vindas.


E nós vamos entender os detalhes de um projeto com ótimos resultados que está sendo desenvolvido em Patrocínio, Minas Gerais, o município que mais produz café do Brasil.


Quem conta os detalhes pra gente já está aqui comigo, é o Marcelo Urtado, presidente do Consórcio Cerrado das Águas. Seja muito bem-vindo novamente aqui ao nosso programa, Marcelo.



Marcelo Urtado | Presidente do Consórcio Cerrado das Águas


É um prazer estar aqui com vocês novamente.


Yahell Bonfim | Planeta Campo


Prazer é todo nosso. E hoje a gente vai conseguir se falar aí com tranquilidade, assim espero, né? Vamos começar então explicando um pouquinho os detalhes desse projeto. Queria que você explicasse para o nosso público como é que ele funciona e quais resultados já foram alcançados aí com ele.



Marcelo Urtado | Presidente do Consórcio Cerrado das Águas


Muito bacana. É um projeto muito interessante.


A base dele é utilizar sensores no solo e estação meteorológica pra gente avaliar quanto de água o café precisa e quanto de água tem disponível no solo. Então dessa forma a gente consegue fornecer ao café a quantidade ideal de água.


E que resultado a gente já teve com isso? Nós tivemos um excelente resultado que economia de 30% de água na propriedade que a gente fez o projeto piloto. E proporcionalmente, você economizando essa água, você está irrigando menos, então menos energia e menos mão de obra.


Então o propósito do Consórcio Cerrado das Águas foi fornecer uma disponibilidade de água maior aos produtores e a gente atingiu com essa tecnologia agora.



Yahell Bonfim | Planeta Campo


Que legal, Marcelo. E com esses resultados que vocês já vêm alcançando, então o projeto já está expandindo, né? Eu vi ali que vocês já estão oferecendo esse sistema para produtores da Bacia de Ribeirão Grande e também ali do entorno. Então eu queria te perguntar como que vem sendo a experiência nessas regiões e quais os planos aí para o futuro desse projeto?



Marcelo Urtado | Presidente do Consórcio Cerrado das Águas


A gente ficou muito contente com o piloto, tanto que já estamos expandindo, né? Essa bacia fica no município de Serra do Salitre. Já estamos com oito produtores com esse sistema implantado e nessa etapa do projeto a gente pode chegar até 20 produtores.


Atingindo isso, aí provavelmente vai aumentar para um número bem maior. Pelos resultados que a gente está atingindo, os produtores naturalmente já vêm atrás, né? Quem não quer ter uma economia de água e uma economia financeira?



Yahell Bonfim | Planeta Campo


Com certeza. Então eu acredito que os produtores se interessam muito por esse projeto, né? Por entender aí como que vai economizar água e ainda reduzir custos, né Marcelo? É um ganha-ganha para todo mundo.



Marcelo Urtado | Presidente do Consórcio Cerrado das Águas


Com certeza. Isso facilita muito na abordagem, né? De você convidar o produtor para participar. Então alguns ficam até meio, opa, é um duplo ganho, né? Eu vou economizar e também gastar menos água, né? Um bem para o meio ambiente e para o bolso.


Então exatamente, isso facilita demais. E aí você começa a explicar como que é essa tecnologia, como que funciona e aí o produtor ele confia, porque ele vê a lógica do mecanismo, né? De como funciona essa tecnologia.


Yahell Bonfim | Planeta Campo


Tá certo.

Muito bom, Marcelo, entender aí, conhecer um pouquinho mais desse projeto que realmente significa um ganha-ganha para o meio ambiente e também para o bolso do produtor. Obrigada pela sua participação aqui com a gente.


Foi um prazer. Eu que agradeço. Prazer é todo meu, Marcelo. E hoje tem Planeta Campo Entrevista. Você já sabe, toda quarta-feira, às seis e meia da noite, tem um bate-papo muito interessante com grandes nomes do agro e da sustentabilidade. Hoje nós vamos conversar com o Marcelo Pimenta, que é Head de Agronegócio da Serasa Experian. Um dos assuntos foi a importância do crédito vinculado à sustentabilidade, destacando aí o Score ESG para o agronegócio. Dá uma olhada.


Marcelo Pimenta | Head de Agronegócio da Serasa Experian


Você analisar o produtor e as terras desse produtor do ponto de vista de ESG requer que você analise vários protocolos, né? Por exemplo, se você está com pecuária no bioma amazônico, você tem um protocolo bem na linha. Se você está falando de soja, você tem o Oratório da Soja.


Então, existem vários protocolos socioambientais. O que nós fizemos foi quebrar esse serviço em três visões. Uma visão de Score, que é uma nota, principalmente para credores que utilizam motores de decisão, né? Utilizam notas de crédito e notas ESG para tomar uma decisão.

Então, esse Score ESG, ele já compila todas as informações do produtor e de suas terras. E dependendo do apetite do credor, mais arriscado ou menos arriscado, ele pode decidir, baseado nessa nota, se decide ou não fazer a concessão.


A gente tem um segundo produto, que é uma fotografia um pouco mais detalhada, que aí lista quais são os protocolos e os problemas desse produtor.


E a gente tem um terceiro produto que monitora a condição ESG dele durante todo o financiamento. O que nós temos trabalhado no mercado, divulgado no mercado e orientando o mercado é sempre utilizar a combinação de um Score de crédito com um Score ESG. Porque o que acontece é o seguinte.


Você pode ter produtores numa condição que ele tem um ótimo Score de crédito e um ótimo Score ESG. Excelente. Aliás, a maior parte do mercado é assim. 75%, 80% dos produtores tem alto Score de crédito, alto Score ESG. Só que tem um grupo que tem alto Score de crédito, mas más práticas ESG. E esse é um grupo muito arriscado, porque ele leva risco de imagem para o credor. Ele leva, de certa forma, risco da garantia, porque se há um problema, se há uma infração com essa produção, aquela garantia que são os grãos não pode ser utilizada. Então tem o risco de falta de pagamento, de default. E tem o próprio fato do produtor não estar cumprindo, desse grupo não cumprir com essas normas socioambientais.



Yahell Bonfim | Planeta Campo


Deu para perceber que não dá para perder essa entrevista, né? Hoje, seis e meia da noite, vou estar te esperando, hein? E o Planeta Campo de hoje vai ficando por aqui, mas antes de encerrar o programa, eu quero te lembrar que faltam poucos dias para encerrar as inscrições do segundo Prêmio Planeta Campo. Não dá mais para perder tempo.


Aponte agora a câmera do seu celular para o QR Code que está aparecendo aqui embaixo, aqui no cantinho da tela, ou acesse o nosso site planetacampo.com.br barra Prêmio 2023.


Lembrando que pequenas, médias e grandes propriedades rurais, além de agroindústrias, podem e devem participar. Faça a sua inscrição e seja reconhecido agora pelo que você faz para o agro do futuro. Agora sim, eu vou ficando por aqui. Um ótimo dia para vocês. Até amanhã. Tchau, tchau.



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A PRESERVAÇÃO DO CERRADO ESTÁ EM SUAS MÃOS

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