top of page
Foto do escritorConsorcio Cerrado das Águas

Cerrado das Águas: Nova presidência e expansão estratégica

Atualizado: 5 de dez.

Marcelo Urtado assume o Cerrado das Águas com foco em resiliência climática e ampliação da plataforma colaborativa.


Presidente Consórcio Cerrado das Águas Marcelo Urtado
Marcelo Urtado: cafeicultor e engenheiro agrônomo contribuirá com sua experiência para alcance dos objetivos da plataforma colaborativa


O Consórcio Cerrado das Águas, plataforma colaborativa que reúne iniciativa pública, sociedade e empresas da cadeia do café, elegeu, no dia 29 de março, sua nova diretoria para o triênio 2022/2025. Assume, como novo presidente da plataforma, o cafeicultor, engenheiro agrônomo e especialista em agroecologia, Marcelo Urtado.


Proprietário da Fazenda Três Meninas, ele tem se destacado pela aplicação de técnicas de agricultura climaticamente inteligente e resiliente, sobretudo aos efeitos climáticos. Eleito pelos membros associados do Consórcio, Urtado tem boas expectativas para a gestão que acaba de assumir.

“Minhas expectativas são as melhores possíveis. O CCA vem ganhando corpo, apresentando resultados consistentes e já começa a mudar a paisagem. A expectativa é ver o CCA impactando positivamente cada vez mais a paisagem e a vida das pessoas” afirma o novo presidente

Para ele, as mudanças climáticas sinalizam a importância e relevância do Consórcio e destaca que

“a ciência e a pesquisa devem ser a base do direcionamento das ações da plataforma colaborativa”

Para Urtado, o CCA “é um exemplo de modernidade em todos os sentidos: trabalha de forma integrada, conseguindo unir todos os elos de uma cadeia num objetivo comum. Os resultados do trabalho do CCA impactam, diretamente, a agricultura apenas como um pequeno e importante exemplo: sem água fica difícil produzir alimentos” destaca

O vice-presidente, Guilherme Amado, líder em sustentabilidade e fornecimento da cadeia do café Nespresso, segue para o seu segundo mandato. Ele, que fez parte da gestão anterior, avalia os principais desafios desta nova gestão.

“A grande expectativa é como expandir sem perder a qualidade dos serviços prestados para escalar os impactos positivos em outras bacias hidrográficas. Os principais desafios são como estruturar os modelos de governança com o engajamento dos atores locais principais em cada região, como captar recursos de forma eficiente para implementação das ações em campo e como trazer mais membros para o CCA e como aumentar a escala e responsabilidades do time de execução do Consórcio” sinaliza o vice-presidente

Dentre os desafios, o de ingressar mais membros na plataforma colaborativa é algo que conta com novidade. Na mesma reunião de eleição da diretoria, a Daterra fez seu ingresso como membro associado. A empresa referência na produção de cafés é uma parceira do CCA no plantio de mudas nativas. Somente em 2021, por meio do projeto Tree-Llion, foram plantadas de forma conjunta, 48 mil mudas de espécies nativas e frutíferas.



Gestão finalizada e produtiva


O presidente antecessor, o cafeicultor Gláucio de Castro, avalia a última gestão do CCA como decisiva e muito produtiva, uma vez que muitos objetivos foram alcançados, sobretudo no projeto-piloto na bacia do Córrego Feio, em Patrocínio-MG, com a restauração de 97 hectares de área de vegetação nativa restaurada com 20 mil mudas nativas.


Outro ponto de destaque é a expansão da metodologia do CCA para municípios vizinhos a Patrocínio, como Serra do Salitre, cujo PIPC já foi implementado e a expansão para Coromandel e Rio do Paranaíba, municípios que já selaram parceria para aplicação da metodologia, já caminha para a execução.


“Minha avaliação é muito positiva devido aos grandes números conquistados, ainda mais considerando os últimos dois anos de pandemia e os desafios de engajamento das fazendas participantes. Até o momento 477 hectares tiveram ações de Agricultura Climaticamente Inteligente implementadas. Mesmo neste contexto, avanços foram feitos para expandir o CCA para outras bacias, ações de comunicação gerais que deram grande visibilidade, além da entrada de novos associados, consolidando a sustentabilidade econômica” considera Amado


Futuro do CCA


Para o novo presidente, o futuro do CCA é promissor, devido à clareza de seus objetivos e à urgência de ações para resiliência climática, sendo isso uma própria demanda do mercado.


“Eu vejo o futuro do CCA como uma plataforma consolidada de iniciativas em nível de paisagem que traz a resposta para desafios da atualidade de forma dinâmica e participativa. É um modelo que pode ser replicado em outras regiões, nisso eu vejo a nossa liderança e o papel de chamar outros setores para o mesmo processo” avalia Urtado

A plataforma que abriga empresas do mesmo segmento na cadeia do café como Nespresso, Nescafé, Cooxupé, Expocaccer, Volcafé, Cofco e Stockler, considera a atuação conjunta, uma ação para o bem coletivo e não um fator competitivo para aquelas que lidam com os mesmos

produtos, públicos e serviços.


“O ambiente pré-competitivo é saudável para estimular que as práticas sejam adotadas em escala, favorecendo a divisão de investimentos de um lado, mas também potencializando a união de talentos para criar soluções sustentáveis que garantam o futuro da cafeicultura e de outras atividades na Região do Cerrado Mineiro. Quando os benefícios são colhidos por todos, faz sentido o engajamento em plataformas abertas como o CCA” explica Guilherme Amado

Visão, esta, que o novo presidente compartilha. “Entendemos que o desafio não se sobrepõe aos benefícios.


“A união de todos os envolvidos, inclusive empresas ‘concorrentes’ é exatamente como os elos de uma corrente, juntos são maiores que os desafios, ou seja, vejo que juntos somos maiores” conclui Marcelo Urtado


Sobre o Consórcio Cerrado das Águas


Criado em 2015, em Patrocínio – MG, o Consórcio Cerrado das Águas tem como objetivo conscientizar produtores da região sobre a importância de seus ativos ambientais por meio do diagnóstico e investimento nos mesmos, garantindo sua preservação a longo prazo.


A iniciativa possui como membros associados as seguintes empresas: Nescafé, Expocaccer, Nespresso, Lavazza, Cooxupé, CofCo, Volcafé, Stockler, além das instituições apoiadoras como Federação dos Cafeicultores do Cerrado, CerVivo, Daterra, Imaflora e IEB – Instituto Internacional de Educação do Brasil.


Em 2019, o projeto piloto recebeu do Fundo de Parcerias para Ecossistemas Críticos (CEPF) o valor de US$400 mil para implementar o programa que irá promover, inicialmente, o investimento e a proteção dos ecossistemas naturais encontrados em mais de 100 propriedades ao longo da bacia do Córrego Feio.


A quantia é o maior subsídio já concedido pelo CEPF, que conta com exigentes doadores como a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), União Europeia, Fundo Mundial para o Ambiente (GEF), Governo do Japão e Banco Mundial.

______________

Créditos imagem: Arquivo CCA




57 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


preservacao do cerrado em suas maos.jpg

A PRESERVAÇÃO DO CERRADO ESTÁ EM SUAS MÃOS

O futuro do Cerrado depende de todos nós. Ao participar das ações do CCA, você está contribuindo para a proteção de um dos biomas mais importantes do planeta. Sua ajuda é fundamental para que possamos continuar nossos projetos de preservação, restauração, e educação ambiental. Não deixe o Cerrado desaparecer – junte-se a nós nessa missão vital.

bottom of page